sábado, 16 de julho de 2022

Recolha de assinaturas para a Petição Pública sobre o Subsídio por Morte na Costa da Caparica

Realizou-se em 16/07/2022, na Praça da Liberdade na Costa da Caparica uma recolha de assinaturas para a Petição Pública sobre o Subsídio por Morte.

Foram recolhidas 94 subscrições na primeira recolha noturna do nosso Grupo.
Esta atividade realizou-se por ocasião de um espetáculo de homenagem ao Adriano Correia de Oliveira.
 
 
Praça da Liberdade-Costa da Caparica
 Praça da Liberdade - Costa da Caparica
 
 






Adriano Correia de Oliveira - 80 Anos



 

terça-feira, 12 de julho de 2022

O FMI E AS PENSÕES EM PORTUGAL

 Reproduzimos aqui um excelente texto da Berta Alves acerca deste problema:

Segundo notícias publicadas na imprensa nos dias 4 e 5 de Julho, o Fundo Monetário Internacional (FMI) veio de novo opinar sobre o futuro das pensões em Portugal, no quadro do “relatório do chamado Artigo IV – que avalia periodicamente os desenvolvimentos económicos e orçamentais de cada país” (1), propondo/impondo uma série de medidas que considera necessárias para garantir a sustentabilidade do sistema de pensões e dentro de um conjunto de dez medidas que recomenda para reduzir a dívida pública e reforçar a competitividade económica (2).

Estamos a falar de austeridade, é claro, e que gostariam de ver reforçada a partir de 2023.

O FMI é coerente com as suas políticas de privatização dos serviços públicos, de liberalização dos mercados, de precarização do trabalho e de ausência de preocupações sociais e ambientais.

Relativamente às pensões, volta à mesma ladainha de que é necessário fazer “alterações à fórmula de cálculo ou uma progressiva subida da idade de acesso às reformas antecipadas”.

E a ministra da Segurança Social e o governo PS dizem concordar e que vão formar uma comissão “para apresentar uma reflexão sobre a sustentabilidade e formas de diversificação de fontes de financiamento da Segurança Social e de inclusão de novas formas de trabalho”(1).


Será preciso lembrar que :

- as regras atuais para acesso à reforma já incorporam “dois instrumentos de sustentabilidade do sistema por via do fator demográfico [que] são a “idade móvel de reforma” (que varia em função da esperança média de vida) e o “fator de redução” (um corte de 6% por cada ano que faltar para a idade pessoal ou legal de reforma)” (3); para o ano de 2022, a idade legal para acesso à reforma situa-se nos 66 anos e 7 meses;

- ainda subsiste em alguns casos de reformas antecipadas a dupla penalização do “fator de redução” e o “factor de sustentabilidade” (criado pelo governo PS em 2008, quando a idade legal para reforma ainda era fixa);

- há perda contínua de poder compra desde o congelamento das pensões no período de 2011-2015 (troika e governo do Passos Coelho) e com a atualização indexada à inflação;

- Portugal é o país da União Europeia em que as pensões mais se afastam da evolução salarial e é o segundo com maior desigualdade entre os rendimentos, em que os rendimentos dos mais ricos daqueles que têm 65 anos ou mais são 5,21 vezes superiores aos rendimentos dos mais pobres da mesma faixa etária (dados do Relatório de Adequação de Pensões de 2021 da Comissão Europeia) (4) ;

- a taxa de pobreza entre pensionistas situava-se em 2021 em 17, 3%, maior entre as mulheres (18,9%) do que entre os homens (15,1%), agravando-se a partir dos 75 anos, em que atinge a taxa de 22,3% entre as mulheres e de 16,8% para os homens (4);

- os aumentos das pensões previstos para 2022 são exíguos (o maior é de 1% para pensões até 658 Euros); o aumento extraordinário de 10 Euros para pensões até 1108 euros é rapidamente “engolido” pela inflação que se regista, para mais é deduzido o aumento anual indexado à inflação, pelo que em muitos casos é um aumento de apenas 4 euros (5) ;

Toda esta situação nos exige uma posição de forte repúdio de novas medidas de empobrecimento das e dos reformados, em especial da sua maioria que têm baixos e médios rendimentos ou de aumento da idade legal para o acesso à reforma.

Defendemos que, de acordo com o inscrito no Caderno Reivindicativo da APRE! (2022-2025), as formas de garantir a sustentabilidade do sistema público de pensões são principalmente as medidas que assegurem o trabalho com direitos, melhores salários e a diversificação das fontes de financiamento do sistema de segurança social, nomeadamente através de uma contribuição das empresas com valor acrescentado e/ou faturação acima de determinado nível.

É preciso que a APRe! esteja na linha da frente na defesa das e dos aposentados/pensionistas/ reformados e do seu caderno reivindicativo.


09 julho 2022
Berta Alves - Associada nº 6607

(1) https://eco.sapo.pt/.../fmi-quer-alteracoes-no-sistema.../
https://www.jornaldenegocios.pt/.../fmi-quer-mexidas-no...

(2) https://expresso.pt/.../2022-07-05-Cortar-nas-pensoes...

(3) https://www.esquerda.net/.../uma-citacao-rigorosa-e.../77572 (07 Novembro 2021)

(4) https://www.dinheirovivo.pt/.../portugal-e-onde-pensoes... (24 julho 2021)

(5) Pensionistas recebem bónus extra, retroativos e subsídio de férias | ECO (ampproject.org) (07 julho 2022)

sexta-feira, 8 de julho de 2022

O FMI, a Ministra e a Direcção da APRe!

 Caras Companheiras e Caros Companheiros,

O FMI dá a ordem de ataque a quem trabalha e a quem trabalhou, dando instruções para alterar as regras de cálculo das pensões ou aumentar (ainda mais) a idade de reforma.
A Ministra do Trabalho e Segurança Social responde aceitando ponderar e anuncia a criação de uma comissão para estudar o assunto, como se  essa fosse a necessidade das e dos portugueses que têm visto a sua reforma ou pensão penalizadas pela dupla penalização, não só pelo tempo tardio em que acontecem como pela introdução do fator de sustentabilidade...Não só este anúncio é injusto, como indigno!
A Direcção da APRe! perante tudo isto, em vez de convocar para a luta tão urgente quanto necessária, cala a desgraça e a nós associados(as) nada nos diz. 

Onde está o pedido de explicações urgente  sobre aquilo que a ministra da Segurança Social / governo diz concordar ?
De que serve a nossa Presidente ter aquilo a que é costume chamar uma "boa imprensa"...como o povo diz: quem cala consente!
Como é diferente a APRe! que temos daquela que queremos e exigimos! 

Quem trabalhou uma vida e ajudou a construir o hoje merece respeito! Todo o respeito!

O Secretariado do GRC

domingo, 3 de julho de 2022

RECOLHA DE ASSINATURAS PARA A PETIÇÃO PÚBLICA SOBRE O SUBSÍDIO POR MORTE

 

Realizou-se em 30/06/2022, na Praça de Alvalade em Lisboa uma recolha de assinaturas para a Petição Pública sobre o Subsídio por Morte.

 Foi mais uma iniciativa do GRC que além de 3 angariadores e um "repórter" contou também com a participação de um dinamizador do Núcleo da Amadora da APRe!.

Foram recolhidas 66 subscrições e ficou no ar a sensação que a escolha da data e do local não foi muito feliz.
 
 Pequeno apontamento sobre a iniciativa
 
                                       
 

O "Reformado Informado" N.º 36 - Especial 50 Anos do 25 de Abril

  Recebemos dos nossos companheiros do Núcleo da APRe! do Seixal mais um número desta publicação periódica,  "O Reformado Informado&quo...